segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

PABLO

                                           



        Não gosto de fado, não gosto de poesia. Vá lá, podem crucificar-me.
Pablo Neruda é poeta, sim eu sei, e deixo-vos um poema que encaro como um manifesto...



"Quem morre?

Morre lentamente
Quem não viaja.
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo...

Morre lentamente
Quem destrói o seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
Quem não muda de marca,
Quem não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e o seu remoinho de emoções,
Juntamente as que resgatam o brilho dos olhos
E os corações aos tropeções.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou o amor,
Quem não arrisca o certo por o incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos."

VIVE!

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