terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

VALENTIM





Era uma vez um bispo que se chamava Valentim. Valentim  desafiava constantemente o seu imperador. E como?  Casando os soldados em segredo. É que este Imperador não deixava os combatentes casarem pois achava que os solteiros eram melhores durante as guerras. Sabendo que o bispo Valentim lhe desobedecia condenou-o à morte. Durante o tempo no carcel recebeu flores e bilhetes de jovens que ainda acreditavam no amor.
E tu acreditas no Amor ? 
 Eu acredito. Todos gostamos de amar e ser amados. Não falo do amor parental,  mas sim do amor carnal que leva ou que nos sustenta numa relação.
Tenho amigas que se escusam a este sentimento fugindo do cupido    e   outras que viveriam portas meias  com o anjo  esperando ansiosamente serem atingidas pela sua seta. Anjo para uns demónio para outros mas a verdade é que o AMOR é algo que sabe tão bem e reconforta.
Confundimos amor com paixão. O amor prolonga-se, a paixão esvai-se.
Ao longo dos meus 50 e tal anos com certeza já tive muitas paixões mas poucos amores...é assim que eu vejo este sentimento.  Quando tinha 18 anos quase que morria de amor. Mais tarde vivia para ter um amor e agora vivo tranquilamente com o meu amor. Não estou com isto a dizer que a intensidade do sentimento diminui com a idade mas sim que se matura, que se racionaliza  com os anos. Um amor aos 50 pode ser tão louco como um amor aos 20 só que aos 50 já o racionalizamos por termos tido experiências anteriores. E quando racionalizamos o Amor não o destruímos. Amor prova ser amor nas dificuldades, mas achamos ( na maioria das vezes )  o contrário. Colocamos tanta expectativa no outro e na própria relação que qualquer vento se transforma num vendaval.
O desafio é reconhecer o amor mesmo em dias de silêncio,  quando não há pistas do que se passa dentro do outro, quando até respirar parece não provocar movimento.
Se acreditas no amor não te enganes: luta pelo amor que vale a luta, esforça-te  por reconhecê-lo. Não corras o risco de passar os teus dias a regar flores de plástico.
 
Desejo a todos um dia fantástico  ( com ou sem Valentim) .








O amor não se define, o amor vive-se.

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