quarta-feira, 8 de março de 2017

Les femmes qui aiment les hommes qui aiment les femmes

Tenho uma prima com um jeito especial para escrever.  A Maria é daquelas pessoas que transformam frases em poemas.
Desafiei-a para todos os dias 8 escrever no blog, escrever para todos. Recordam-se de "WISPERS"? Foi a Maria...E hoje, dia da Mulher, a Maria escreveu isto para mim, para vocês...




"Wangari Maathai, nasceu a 1 de abril no Quénia, não importa o ano, porque Wangari nasce todas as vezes que falamos dela. 
Ativista, professora, mulher visionária, criou o movimento Green Belt: uma organização não governamental que se focava na reflorestação e proteção dos direitos ambientais e dos direitos das mulheres.
Wangari...
 Li a sua biografia mais do que uma vez. Wangari era mágica. Tinha aquele poder que todas as mulheres inteiras têm, o de se fundarem numa inabalável integridade.
 Há um episódio na sua vida, que me acompanha desde então e que revela a força do seu caráter: creio que na altura Wangari era professora assistente numa universidade e por questões politicas foi despedida. Perdeu o trabalho.
Wangari tinha dois filhos que dependiam dela totalmente, uma casa e uma vida que ela sustentava com particular esforço, amor e cuidado.  Num dia. Num único dia tudo desabou. Perdera o trabalho e  assim o direito a receber o seu salário. Sem dinheiro para comer teve que entregar os filhos para garantir-lhes o acesso ao essencial.  Durante um longo período viveu num carro.  Mais tarde arranjou trabalho e em momento algum desistiu das suas ideias, dos seus sonhos, da sua lógica e da sua verdade.
Mas, Wangari, sobre este período da sua vida disse apenas que perdera tudo, ficara apenas consigo própria e isso bastava-lhe para recomeçar. E recomeçou...E ganhou o Nobel da Paz.
 É esta forma de se ser inteira, de nunca desistir do que importa, de acreditar, de se saber Ser, que nos faz mulheres.
Todas, quero acreditar, temos um pouco, senão muito da essência de Wangari. Provavelmente nunca veremos nas nossas secretárias um nobel da paz ou outro, mas creio de coração que a coragem que levamos para as nossas vidas é em si mesma o nosso prémio.
 Por isso, um brinde, a estas e todas as vitórias tantas vezes silenciosas que guardamos.
Sejamos sempre e muito MULHERES.
Um abraço"
 

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