Quando fiz o meu curso de educadora de infância não era ainda licenciatura. Depois, em 1999, abriu um "complemento de formação" para então ficar licenciada. As aulas eram às sextas e sábados depois de uma semana exaustiva de trabalho. Este enquadramento para dizer que tive uma professora de literatura infantil nessa altura, que era "top". O que aprendi com ela. Um dos livros obrigatórios nesta disciplina era "Dentes de rato" da Agustina Bessa-Luís. E, a propósito de dentes de rato lembro-me de uma pessoa que conheço e que outro dia me tentava falar ao coração... e senti-me a Agustina Bessa-Luís. Essa pessoa é má, mentirosa, mesquinha e projetei logo o livro e recuei 20 anos da minha vida no diálogo em que perdi o meu tempo a ouvi-la (?).
Tudo isto para desabafar que as pessoas que estão connosco, que fazem parte da nossa vida pontualmente, não quer dizer que cá fiquem. Esta entrou, ficou mas já saiu. E ficou porque me iludiu (ou melhor: desiludiu). Li algures que "somos como casas: às vezes há os que entram e veem todas as fissuras e imperfeições e perante tal fogem com medo que o teto caia e OUTROS ficam na esperança de um dia morarem em nós". E é isto! Uns ficam, outros saem pela porta que entraram.
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